sábado, 23 de abril de 2011

O cisco

Chove, e minha vontade é de permear as vias noturnas desta metrópole buscando as reminiscências da alma dos dias de ontem. Cada gota me mostra em suas particulas minimas os meus desejos profundos de reminenscenciar cada dia de ontem e transfigurá-los em dias de hoje. Mas que sina! Que busca dolorosa, enfadonha e até destrutiva. A de querer tal façanha, que em meus contextos apresenta-se entre paradoxos de cisões e permissões dos sentidos.
E é nestes desejos paradoxais de não querer lembrar e reviver o reminensciável que me desfiguro por ser em meu eu: sentidos, desejos vontades e intensidades em meu bater de asas. Asas que não são as de Ícaro, mas derretem ao pulsar de um  caloroso coração acelerado ao cair no fosso das reminiscência.
E neste fosso de lembranças lanço os meus sentidos, porque eu os sou.  Os sou em desejos, vontades, intesidades  e no  bater de minhas asas.

3 comentários:

  1. "Chove, e minha vontade é de permear as vias noturnas desta metrópole buscando as reminiscências da alma dos dias de ontem. Cada gota me mostra em suas particulas minimas os meus desejos profundos de reminenscenciar cada dia de ontem e transfigurá-los em dias de hoje".

    Que lindo*-*

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  2. Amei. Tudo lindo por aqui. Imagens e textos. Tudo em perfeita sincronia.
    Me visita também: www.notempoemqueeutinhaumblog.wordpress.com

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