A morte, que medo temos desta? É tão difícil falar dela, enquanto deveria ser fácil, pois ela é muito previsível! Todo mundo vai morrer um dia. Mas a sensação que tenho é de que vivemos adiando esta conversa conosco e com os outros sobre este tema. Viver a previsibilidade da morte é um dos tremores que nos acompanha até os nossos fins. Somos muito mais adeptos de falar em temas imprevisíveis e ainda chegamos superar estes como: uma tapa na cara (podemos morrer sem levar um), uma topada, morrer sem namorar, sem beijar, sem fazer sexo... E aceitamos isso dentro de certo comodismo. Do que falar da tal “morte”. No entanto aceitar a morte é algo ainda difícil. Penso eu que com o advento da ciência e o aprimoramento da medicina esse sentimento se intensificou cada vez mais, pois a gente ainda vê a ultima esperança por vir, enquanto o ultimo palito de fósforo ainda não é riscado para ascender à vela que rege a vida, há ainda aí uma possível esperança. Mas por que tudo isso? Por que o medo de algo previsível se não temos medo da nossa imprevisibilidade cotidiana? A morte está em outro plano, num plano desconhecido temos fobia desta face oculta do previsível. Enquanto a morte se encontra previsível dentro de um plano desconhecido, as imprevisibilidades encontram-se cada vez mais no nosso plano social e cada vez mais aceitas, isso soa tão paradoxal e tornando-se cada vez mais conhecidas, mesmo a gente vivendo à espreita diante do acontecimentodetais.Enfim não sei a que considerações chegar diante de algo tão polemico quanto a morte, saber que ela existe e sentir o poder que ela tem, me faz sentir cada vez mas medo desta, medo da perda, medo da nostalgia permanente, de não estar mais protegido e etc...portanto morte e morte e nunca irá mudar, por mais que muitos, mas muitos, termos, conceitos, estudos conscientizadores digam que é algo previsível e que deve ser visto de outra forma, nunca a veremos assim...pelo menos eu não vejo
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